Páscoa 2014. O Cartaz de Comunhão e Libertação

Como acontece todos os anos, o Movimento de CL propõe uma imagem artística e um texto como ajuda para viver a Santa Páscoa.

Neste ano a imagem é um detalhe do Lava pés de Giotto (Capela Scrovegni, 1303/1305, Pádua/Itália).

O texto é formado por dois fragmentos. O primeiro, de Papa Francisco, foi retirado da Exortação Apostólica Evangelii gaudium,164-165 e 266.
O segundo, de Luigi Giussani, está no livro Educar é um risco (Edusc, São Paulo, 2004)


Eis os dois trechos:

“Jesus Cristo ama-te, deu a sua vida para te salvar, e agora vive contigo todos os dias para te iluminar, fortalecer, libertar”. Ao designar-se como “primeiro” este anúncio, não significa que o mesmo se situa no início e que, em seguida, se esquece ou substitui por outros conteúdos que o superam. É o primeiro em sentido qualitativo, porque é o anúncio principal, aquele que sempre se tem de voltar a ouvir. É o anúncio que dá resposta ao anseio de infinito que existe em todo o coração humano. Esta convicção, porém, é sustentada com a experiência pessoal, constantemente renovada, de saborear a sua amizade e a sua mensagem, convencido, por experiência própria, que não é a mesma coisa ter conhecido Jesus ou não O conhecer, não é a mesma coisa caminhar com Ele ou caminhar tateando. Sabemos bem que a vida com Jesus se torna muito mais plena e, com Ele, é mais fácil encontrar o sentido para cada coisa.
Papa Francisco

Pela minha formação na família e no seminário, primeiro; posteriormente pela minha meditação, estava profundamente convencido de que uma fé que não pudesse ser descoberta e encontrada na experiência presente, confirmada por esta, útil para responder às suas exigências, não seria uma fé em condições de resistir num mundo onde tudo, tudo, dizia e diz o contrário. Mostrar a pertinência da fé com as exigências da vida e, portanto – este “portanto” é importante para mim –, demonstrar a racionalidade da fé, implica um conceito preciso de racionalidade. Dizer que a fé exalta a racionalidade quer dizer que a fé corresponde às exigências fundamentais e originais do coração de todo homem. Por isso, dar a razão da fé significa descrever sempre mais, sempre mais amplamente, sempre mais densamente, os efeitos da presença de Cristo na vida da Igreja na sua autenticidade, aquela cuja “sentinela” é o Papa de Roma.
Luigi Giussani