Nota de CL pela morte de João Paulo II - “A glória de Deus é o homem que vive”
“Meus amigos, sirvamos este homem, sirvamos Cristo neste grande homem com toda a nossa existência”. Assim nos disse padre Giussani ao sair de sua primeira audiência com João Paulo II no começo de 1979. Essas palavras procuramos cumprir em todos estes anos de vida do movimento de Comunhão e Libertação, de acordo com a tarefa que o próprio Papa nos confiou por ocasião de uma audiência de 1984: “Ide pelo mundo inteiro” (Mc 16,15) é o que Cristo disse a seus discípulos. E eu repito a vocês: “Ide pelo mundo inteiro e levai a verdade, a beleza e a paz, que se encontram em Cristo Redentor”. Este é o mandato que hoje vos deixo (No aniversário dos 30 anos de nascimento de CL, Roma, 29 de setembro de 1984).
Gratos, inclinamo-nos diante do cumprimento da vida do Papa, que exerceu a sua autoridade, antes de tudo, como pessoal testemunho de Cristo – “centro do cosmos e da história” (Redemptor hominis) –, oferecido ao mundo com incansável dedicação e sacrifício de si.
Na festa de seu 25º aniversário de pontificado, padre Giussani escreveu de João Paulo II:
“Acompanhando as vicissitudes do Papa nestes 25 anos, o que mais salta aos olhos é que o cristianismo tende a ser de verdade a realização do humano. Todas as suas viagens, como longo trajeto em direção à morte, tiveram sua razão na unidade evidente que corresponde ao gênio do cristianismo: Gloria Dei vivens homo (A glória de Deus é o homem que vive)”.
O Papa deixa o mundo mais cheio da humanidade de Cristo e a Igreja mais consciente de ser ela mesma “movimento”.