Todos aos pés de CL
Foi impressionante o funeral de padre Giussani: uma multidão imensa, dentro e fora do Domo de Milão; vários cardeais e centenas de bispos e padres. O governo quase completo, com o acréscimo dos presidentes das duas Câmaras. Acima de tudo, uma longa cobertura ao vivo pela TV, uma verdadeira raridade. De onde vem a solenidade dessa celebração? De onde vem essa exaltação não apenas eclesiástica, mas também civil e estatal de Comunhão e Libertação e das obras anexas ao movimento? São questões que fazem refletir tanto sobre as relações Estado-Igreja quanto sobre a situação atual do catolicismo italiano. [...] A recusa dos sistemas, das mediações, das filosofias (até da escolástica católica). Em vez de mediações, o encontro pessoal com Cristo. Os jovens do pós-68, cansados de todas as ideologias, tanto das velhas quanto das novas, voltaram a se achar nesse encontro sem (aparentes) esquemas. Aí encontraram uma valorização da sua pessoa que não encontravam nem nas velhas sacristias nem nas novas sedes de partido.
(Filippo Gentiloni, Jornal Il Manifesto, 27 de fevereiro de 2005)