Procissão de Corpus Christi.

Parte de um povo

A procissão pelas ruas do Rio de Janeiro: testemunho da presença de Cristo entre nós

No dia 30 de maio, tive a graça de ir à procissão de Corpus Christi, no Centro da cidade do Rio de Janeiro. Não foi a primeira vez que fui, mas, com certeza, foi a primeira vez que participei.

Cheguei cedo e pude caminhar da Igreja da Candelária até à Avenida Rio Branco onde estava o começo da Procissão. Ainda não havia muitas pessoas, algumas procuravam seus “lugares”, outras esperavam sentadas começar a caminhada e muitas estavam chegando. Mas o que me impressionou foi ver pessoas de todas as idades, desde crianças no carrinho com seus pais até idosos, muitos idosos, que mesmo com dificuldade de andar, mesmo com o peso da idade, estavam ali, firmes e com um semblante tranquilo e feliz, como alguém que fora encontrar o seu verdadeiro e primeiro amor.

Quando a procissão começou éramos milhares que lotávamos a Avenida Rio Branco rumo a Catedral do Rio de Janeiro. Impressionante!
Quando Dom Orani passou carregando o Corpo de Cristo, pensei em todas as coisas que aconteceram e acontecem na minha vida, mas ali, olhando para “Cristo” não consegui pedir nada, só agradecer a grande graça que é reconhecê-Lo como o Senhor da minha vida, como a razão pela qual me levanto e volto pra casa todos os dias, como o que dá sentido a tudo na minha vida.

Ali, no meio daquele Povo, me senti parte dessa história e abençoada por te sido encontrada por esse caminho, o carisma de Dom Giussani, o Movimento Comunhão e Libertação, e por dizer sim a esse caminho todos os dias.
Pela primeira vez experimentei a unidade de um Povo, do qual também me senti parte e do qual faço parte. A beleza das orações, das músicas, da caminhada, de encontrar os amigos pelo caminho, de mostrar ao mundo uma fé que salva vidas – salva a minha -, renovou e aumentou a minha fé.

Carrego comigo a certeza, que nada e nem ninguém é capaz de me arrancar - só a minha liberdade -, de que sou amada, abraçada, mimada, tocada e cuidada, a cada segundo da minha vida, por Cristo através dos meus amigos, da minha família e de um gesto simples e belo como essa procissão que ganha um outro significado quando é feito não por obrigação, mas por amor.

Flávia Alkmim, Rio de Janeiro/RJ