Loucura! Era isto o que eu ouvia quando dizia aos meus amigos que iriam vir umas 35 pessoas na minha casa em Londrina no fim de semana prolongado. Perguntavam: mas quem são essas pessoas? São seus parentes? E isso fazia crescer em mim esta pergunta também: quem são elas pra mim? Dizer que são pessoas que eu conheço não seria verdade, porque tinha no meio delas pessoas que eu nem conhecia. Dizer que são pessoas legais também não seria verdade, porque eu mesma em alguns momentos não sou legal.

A ideia de elas virem para cá nasceu de uma forma muito simples. Um convite e um sim! Precisa mais? Parece que não! Ao longo da minha vida, percebi que é muito bom tentar viver hoje o cêntuplo de que Jesus fala. Rezava sempre para que minha família e minha casa nunca fossem família e casa fechadas, mas sempre e sempre mais abertas. Porque sinto que é essa abertura o que sempre ajudou a mim e ao meu marido a educarmos nossos filhos e vivermos nossa vida de casados. Com a abertura, a gente observa e cresce! E isso eu aprendi com Dom Giussani e alguns amigos que fiz. Abertura de coração para verificar nossos limites e crescer no relacionamento com Cristo.

O desejo de meus três filhos viverem isso é grande também. Então isso é um grande motivo para essa “loucura”. Depois penso: se eu quero isso para os meus filhos, alguns amigos devem querer para os filhos deles também, e aí nasce a vontade de que todos venham! Vivemos aqui muita coisa. Dividimos tudo! Todos nós nos sacrificamos: dinheiro, cansaço, banhos frios, caminhadas empoeiradas, um erro de cálculo de quilometragem, picadas de insetos! Mas tivemos o cêntuplo aqui: muita risada, muuuita comida, um pizzaiolo só para nós, muuuito chá, muito sol, uma lua espetacular, muita música boa, uma piscina gostosa, um filme bom e um bom bate-papo! E também um Fiorino que era que nem coração de mãe!

Ah! O que são estas pessoas para mim? O rosto de Cristo presente aqui e agora que me ajudam a enfrentar tudo o que vem pela frente!

Rose (Londrina/PR)