Marco Lucchini e Givanildo.

Coleta. A maior experiência é a amizade que surgiu

Em Brasília, a comprovação de que a Coleta é muito mais do que arrecadar alimentos

Sempre participei do Dia Nacional da Coleta de Alimentos no Veneza (mercado onde começou a Coleta em Brasília) e todo ano faço a experiência de acolhimento: chegamos e a mesa está sendo colocada para nós; na hora do almoço o gerente pergunta se já fui almoçar ou por que não fui; no final da tarde pergunta qual suco eu prefiro, para trazer no lanche; e, no fim do dia, a “multiplicação dos pães”: passamos de 600 quilos para 1,2 tonelada em poucas horas. É muito impressionante.

Mas a maior experiência é a amizade que surgiu. Para a maioria, a Coleta é um dia, aquele sábado em que você vai e dedica seu tempo. Eu e meu esposo tivemos a oportunidade de fazer com que ela aconteça o ano inteiro. Como toda semana vamos ao mercado, duas, três vezes, os funcionários nos conhecem. Ficamos próximos do Givanildo, o gerente, e nele uma experiência verdadeiramente cristã. Ver a seriedade com que ele trabalha, fala do casamento, olha para os funcionários, para mim é um presente. É como se Cristo dissesse que no meu dia a dia vou ter sempre um ponto para ver que a experiência cristã é possível. Vê-lo me mostra que é importante viver com seriedade e que isso rende frutos.

Eu me dei conta disso num dia em que meu marido estava estressado e disse que iria ao Veneza, porque haveria um sorteio e ele queria ver. Pensei: “O que este homem vai fazer? Bem, melhor que vá ao mercado do que ao bar”. Ele chegou uma hora depois contando do sorteio, e voltou feliz. Não era uma felicidade qualquer. Para nós parece que o Senhor disse: “Vou fazer com que a Coleta dure o ano inteiro”.

Poucos meses atrás, Marco Lucchini, fundador do Banco de Alimentos da Itália, visitou Brasília e se encontrou também com o gerente Givanildo.

Laís, voluntária da Coleta em Brasília