Parintins. Uma Presença que se impõe

A ocasião das férias para encontrar os amigos e seguir aquela curiosidade despertada pelo pressentimento do verdadeiro. O que levou Silvia até Parintins em dias marcados pela beleza

Estão acabando as férias, e hoje de manhã, como num flash, me lembrei do que dizia Dom Giussani sobre o uso do tempo livre durante este período como indicador do que mais estimamos na vida. Assim, me dei conta de que, sem programar isso, foram dias de grande crescimento do meu desejo e de profundo pedido. Não podendo contar tudo, me limito a uma pequena parte que me surpreendeu totalmente.

Eu tinha recebido como presente há quase 3 anos uma passagem aérea para Manaus, que finalmente foi usada. Assim, tive a ideia de aproveitar a viagem para chegar até Parintins. Agora a Amazônia está na moda, mas a razão da decisão foram alguns encontros inesperados, como o com a Geralda e o Globery, pessoas que conheci no Fórum da CdO 2019. Me despertou muita curiosidade este jovem de 35 anos que tinha chegado a São Paulo de chinelos, com um coração e uma sensibilidade profundíssimos e totalmente correspondentes... De onde nascia isso? Por que ele era tão amigo e filho de Dom Giuliano? Foi para ir atrás disso que, com a minha mãe, chegamos a esta ilha no meio do Rio Amazonas.

Os três dias passados em Parintins com eles e outros amigos foram de uma beleza e de uma intensidade únicas. Pude ajudá-los na organização das férias de verão do Centro Educativo, carregar e dirigir a kombi, limpar, cantar, escutar momentos das suas vidas, conhecer os infinitos nomes de peixes e frutas, contemplar o rio na lua cheia, ouvir os cantos dos diferentes pássaros enquanto estava na canoa ao silêncio do rio. Também participei de missas em que pude escutar as crianças indígenas cantarem, e isso me fez pensar no filme A Missão. Estes são somente alguns dos momentos que me fizeram experimentar a minha humanidade de forma mais alegre, simples e plena.

Uma tarde, olhando o céu com as nuvens brancas e “cheias”, me dei conta de quanta saudade de Jesus despertavam em mim aquela imponência da natureza e aqueles novos amigos. Ficou evidente que nenhuma palavra podia descrever a minha gratidão e que somente o silêncio era adequado. O meu coração descansa quando mora n’Ele!

Silvia Caironi, São Paulo