Uma mãe no Tríduo Pascal

Anna, oito anos depois de terminar os estudos, consegue seguir o gesto da Sexta-Feira Santa para os universitários de CL. «Mesmo como esposa e mãe, preciso de um Pai para seguir»

Graças à disponibilidade do meu marido, que levou as crianças para passear no parque, pude participar do momento da Sexta-Feira Santa preparada pelos universitários de CL. Já terminei a universidade há oito anos, então foi como mergulhar novamente naquele gesto tão belo e familiar. Fiquei imediatamente comovida e fui invadida por uma grande gratidão. Tive que reconhecer mais uma vez como o Movimento é aquele lugar, aquela casa, que me faz pertencer à Igreja e a Deus.

Embora esposa e mãe, isso não tira o fato de que eu seja uma filha e, portanto, sempre preciso de um Pai para seguir. O Movimento para mim é um lugar e são rostos onde posso acolher o constante convite a responder à pergunta: «Tu me amas?» Todos os gestos que me são apresentados são apenas para responder a isso. Na cozinha pendurei esta frase, tirada de um encontro: «O nosso problema não é se nos encontramos a falar d’Ele, a fazer encontros ou gestos, mas se ainda haverá algum de nós magnetizado por Ele, que tenha se deixado agarrar por Ele até as entranhas para não acabar em nada».

O fato de ser mãe, e de ter muito menos tempo para mim, purificou-me muito na compreensão de que Movimento não é participar de gestos, mas é o lugar da contínua relação de fé entre mim e o Senhor. Com o tempo, isso me levou a perceber que estou começando a amar cada vez mais as pessoas que encontro e a mim mesma. Fiquei comovida acompanhando a Sexta-Feira Santa, porque significou encontrá-Lo, tornar-se mais amiga sua.

Por último, mas não menos importante, que surpresa perceber que Deus sempre me sustenta, independentemente das minhas várias traições, para que eu não abandone este caminho.

Anna