Japão. Descobrir-se em companhia
Os Exercícios Espirituais da Fraternidade de CL também foram feitos na comunidade japonesa. Sako, de Hiroshima, e Michiyo, de Yokohama, contaram o que significou para elasAcabamos de terminar os Exercícios da Fraternidade guiados pelo Pe. Donato, de Taiwan. Talvez sejamos o último país do mundo. Muitas foram as cartas e as experiências de pessoas que foram movidas por estes Exercícios, e me perguntei se a expressão «algo foi desencadeado», retomada por Carrón, não sirva também para nós. Estes Exercícios não foram um evento planejado, considerando que o estado de emergência também foi declarado em Hiroshima, tornando difíceis as reuniões, mas foram o resultado de «vivermos sempre intensamente o real».
Penso em todas as vezes que a comunidade de Tóquio pediu que pudéssemos ver-nos, e eu repetia: «Não podemos, não podemos». Mas no fim, aquilo que julgávamos impossível aconteceu. Pudemos ver em todos o desejo de participar dos Exercícios, mas por trás disso está a exigência fundamental, o desejo de ser feliz. Vivendo o real com intensidade, pudemos fazer experiência do auxílio de Cristo, que nos permitiu assumir o desafio do on-line, que eu achava que seria difícil. É exatamente a obra do Pentecostes. Para estes Exercícios eu estava pensando em preparar tudo com a Márcia, mas foi muito bonito preparar-me com Francesco e Gabriele. Mariko ensinou os participantes os procedimentos on-line; Yurie traduziu o telegrama e as legendas das imagens, e Setsuko conversou com várias pessoas para incutir nelas a coragem de participar. Desta forma, penso que a consciência de sermos companheiros ficou clara em cada uma das pessoas que ajudaram e nas que foram ajudadas.
Sako, Hiroshima
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No Pentecostes eu participei dos Exercícios da Fraternidade do Japão pela internet: “Há esperança?” Esses dias me ajudaram muito a enfrentar as dificuldades da vida diária. Foi de grande ajuda o padre Donato, de Taiwan, que conduziu o gesto. Fiquei muito satisfeita. E senti de verdade a importância da comunidade!
Moro sozinha em Yokohama, onde trabalho, e só consigo participar da Missa de domingo. Então não participo de nenhuma comunidade, nem do Movimento. Além disso, ao meu redor, mesmo no trabalho, não há nenhuma pessoa cristã. Nesta situação eu vivo sempre um desafio. Mas desta vez, participando dos Exercícios, ouvi muitas palavras que me maravilharam. Sozinha será difícil manter a fé. Assim, preciso ter uma comunidade, e por isso decidi entrar em contato com Francesco, um italiano que mora em Tóquio, para voltar a acompanhar a Escola de Comunidade. Isso aconteceu comigo justamente no dia de Pentecostes. Isto quer dizer: “estamos sempre nas mãos de Deus”.
Michiyo, Yokohama