Ordenações. «Uma fé viva e desejosa de dar aos outros o Amor recebido»

A mensagem de Davide Prosperi pelas ordenações sacerdotais e diaconais da Fraternidade São Carlos de 24 de junho de 2023
Davide Prosperi

Ao padre Daniele Bonanni, padre Luca De Chiara, padre Giorgio Ghigo, padre Giacomo Landoni, padre Andrew Lee, padre Andreas Scholz e padre Philip Stokman.
A Giovanni Barrani, Ignazio Beghi, João Brito, Matteo Pagani e Martino Zavarise.


Caríssimos,
todo o movimento Comunhão e Libertação participa, comovido, na festa que hoje celebram pelas vossas ordenações sacerdotais e diaconais. E é uma grande festa, porque não se pode sentir senão uma verdadeira alegria, nem se pode fazer outra coisa que não seja partilhá-la de forma apaixonada com os amigos, quando se responde com a vida ao chamamento que Cristo teve a Graça de dirigir a cada um de vocês.

Um chamamento que, pela Sua vontade, surgiu e se tornou cada vez mais correspondente no seio da companhia do Movimento e no caminho com a Fraternidade São Carlos, tornando-vos agora testemunhas para o mundo de uma fé viva, precisamente porque vivida nesta comunhão. Uma fé viva e desejosa de dar aos outros o Amor recebido. O missionário, disse recentemente o Papa Francisco, «faz tudo para que, através do seu testemunho, da sua oração, da sua intercessão, Jesus passe. […] a fé nasce por atração, não nos tornamos cristãos por sermos forçados por alguém, não, mas por sermos tocados pelo amor» (Audiência geral, 7 de junho de 2023). Por isso agradeço do fundo do coração às vossas famílias, aos vossos amigos, aos vossos Superiores e a toda a Fraternidade São Carlos.

Com pena de não poder estar aí pessoalmente, deixo-vos como voto as palavras que don Giussani dirige a um jovem que lhe pergunta como entender a sua missão: «Qual é a minha missão, em função de quê, ou, o que é o mesmo, como devo servir o meu destino? Olha, preocupa-te apenas com uma coisa: amar o ideal. É preciso amar o ideal na sua concreção, porque o Ideal, Deus, Cristo, Destino, são todos sinónimos. Pede a Deus para ver claro o teu destino e amá-lo. Depois, através das circunstâncias, Deus te mandará onde deve mandar-te. Não te compete a ti escolher a tua missão. Não tenhas medo, Ele ta indicará. A vocação, não é o homem quem a escolhe, é Deus quem a dá, fazendo com que a encontre dentro de um determinado sulco. No entanto, é preciso amar o destino, isto é, amar a razão de viver. Deus exige que usemos a razão» (Realidade e juventude. O desafio, Lisboa: Diel, 2003, p. 98).

Abraço-vos com força e peço-vos para se lembrarem do Papa, da Igreja e do Movimento nas vossas preciosas orações.