“Permita-me, Senhor, seguir-Te. Recomeço continuamente do princípio e continuo não tendo certeza. Serás Tu que desejas que eu continue buscando? Se é assim, confio-me totalmente em Tuas mãos”. As palavras de Santo Antônio de Pádua são enviadas por Martina, via mensagem de celular a Giulia, uma colega. Martina se identificou tanto com aquelas palavras que escolheu Antônio como o Santo a quem se confiar no dia em que fará a Promessa com os Cavaleiros, grupo de estudantes ginasiais que compartilham a experiência cristã. “O que você acha desse homem, Giulia?”, pergunta. “Que é um gênio e devemos imitá-lo”. “Mas, então, por que todos postam frases de Lady Gaga?”. “Porque são bobos”. “Não, é porque se acomodam. Eu, ao contrário, Giulia, quero dizer ao mundo aquilo que sou, que Jesus me ama. Por isso, faço parte dos Cavaleiros. E farei a Promessa”.

Martina viajou para fazer a Promessa no primeiro final de semana de janeiro, junto com outros 350 jovens ginasiais provenientes das escolas de ensino fundamental das regiões da Romagna e do Veneto (outros grupos, em toda Itália, fizeram a Promessa entre fevereiro e março). Eles passaram dois dias nos arredores de Bolonha, onde, seguindo os passos do Beato Rolando Rivi, seminarista morto por guerrilheiros em 1945 (ver Passos, out/2013), foram “chamados pelo nome”. “O gesto começou no bosque do martírio. No silêncio, nos oferecemos inteiramente a Jesus”, conta Massimo, responsável pelos Cavaleiros de Forlì. Depois, fazem uma visita ao túmulo do Beato na paróquia de San Valentino, e recebem a bênção com a relíquia: os cabelos de Rolando manchados com seu sangue.

À noite, encontram o comediante Paolo Cevoli. E o bombardeiam com uma infinidade de perguntas sobre seu trabalho, sua vida e sua vocação. Pela manhã, acordam ao nascer do sol. Na Basílica de São Domingos em Bolonha, o prior da ordem dominicana, frei Riccardo Barile, os espera. São chamados pelo nome e dizem o seu “sim”. Recitam, então, a oração do Cavaleiro: “Dá-me uma inteligência sedenta de verdade, um braço forte para defendê-la, um coração corajoso para testemunhá-la. Ofereço-me inteiro a ti, o estudo e o lazer, o trabalho e o silêncio... para que a minha vida se realize e o mundo Te reconheça”. Martina também a diz, pensando em Giulia.