Unidos pelo desejo
Vivo dentro do coração de cada peregrino e voluntário, um desejo comum os une, enquanto visitam um dos principais pontos turísticos do Rio: o CorcovadoÉ incrível como um simples bom dia pode mudar o resto do dia das pessoas. Foi assim, que na manhã de segunda-feira começou o primeiro dia da Jornada Mundial da Juventude. Na estação de metrô do Largo do Machado, voluntários aguardavam os diferentes grupos de peregrinos para dar informações e desejarem um bom dia animado a todos que passavam, arrancando sorrisos e olhares.
Eu esperava o grupo que ficou hospedado na Paróquia Bom Pastor, na Tijuca, para levá-los para visitar o Corcovado. Por volta das 9h30 os 60 jovens, a maioria da Rússia, chegam e nos tratam da forma mais simpática possível. Rostos curiosos, olhos brilhantes, felicidade estampada em cada um. Alguns mais extrovertidos tentavam se comunicar mesmo sem falar uma palavra em português. Foi assim com um casal da Sibéria que pegou seu guia da JMJ com frases e traduções. Pediram até que eu cantasse o hino oficial da Jornada para eles aprenderem no idioma.
Chegando ao local, enquanto esperavam a van para a subida até Cristo Redentor, se unem ao nosso outros grupos de países e estados diferentes. Um dos jovens do Paraguai pega o violão e começa a festa. Cantam e tiram fotos. É uma grande alegria que se alastra e é compartilhada! De repente, até o tempo que estava fechado se abriu e o azul do céu junto ao sol substituíram as nuvens cinzas.
Na hora da despedida fiquei tocada com o carinho recebido. Abraços verdadeiros e beijos no rosto de pessoas que me conheceram poucas horas atrás, mas dentro de mim tive a sensação que já as conhecia faz tempo. Era impressionante também que não houve uma pessoa que passasse com o kit da JMJ que não nos cumprimentasse. Era como se todos fôssemos amigos e velhos conhecidos. Um sentimento de pertencimento a uma família, a família da Igreja, a família de Cristo. É isto que começamos a viver nestes dias.