Tríduo de GS. A saudação de Julián Carrón
Nestes três dias, o encontro de Gioventù Studentesca (Colegiais/Liceus) por ocasião da Páscoa. Leia as palavras do presidente da FraternidadeCaros amigos,
quem de nós não experimentou momentos em que lhe parecia tocar o céu com um dedo? Tão felizes, tão plenos estávamos. São momentos únicos, exaltantes, que desejaríamos que ficassem para sempre, porque «nos parecia ter encontrado a chave / secreta do mundo» (F. Guccini, Farewell).
Mas quantas vezes, logo a seguir, parece que «tudo fica em ruínas», como diz uma música de Gaber (L’illogica allegria).
É a partir dessa experiência elementar – que todos fazemos – que surge, urgente, a pergunta que temos sob os nossos olhos nestes dias: «O que é que resiste ao impacto do tempo?».
Não podemos responder a essa pergunta com nossas opiniões, com nossas reações instintivas. Elas, com efeito, não conseguem oferecer uma resposta à altura da urgência que todos sentimos dentro de nós.
Só um acontecimento, só uma experiência vivida pode ser capaz de responder de forma adequada.
Encontrá-la não é um problema de inteligência ou de esforço, mas de atenção. É o que nos lembra Dom Giussani: «A verdade última é como encontrar uma linda coisa no nosso próprio caminho: só a vemos e reconhecemos se estivermos atentos. O problema, portanto, é essa atenção» (O senso religioso, p. 59).
Mas como conseguir identificá-la, como não errar em reconhecê-la?
«Eis – escreve Kierkegaard em seu Diário – o que é importante na vida: ter visto uma vez alguma coisa, ter sentido uma coisa tão grande, tão magnífica, que qualquer outra parece um nada em comparação com ela e que, ainda que nos esquecêssemos de todo o resto, nunca nos esqueceríamos daquela».
Já lhes aconteceu uma coisa do gênero?
Só quem a identifica em sua própria experiência é que terá a resposta à pergunta que lhes foi feita para estes dias e que é “a” pergunta da vida.
Haverá aventura mais fascinante do que encontrar “a” resposta?
Boa aventura!
E boa Páscoa!
O vosso amigo Julián
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