No Ângelus na Praça São Pedro (© Massimiliano Migliorato/Catholic Press Photo)

O Papa: «A guerra é uma loucura. Parem»

Ao fim do Ângelus do primeiro Domingo da Quaresma, Francisco dirigiu ao mundo um apelo para que se acabe o conflito na Ucrânia
Papa Francisco

Amados irmãos e irmãs!

Rios de sangue e de lágrimas correm na Ucrânia. Isto não é apenas uma operação militar, mas uma guerra, que semeia morte, destruição e miséria. O número de vítimas está crescendo, tal como as pessoas em fuga, especialmente mães e crianças. A necessidade de assistência humanitária naquele país atormentado está crescendo dramaticamente a cada hora que passa.

Faço um apelo urgente para que os corredores humanitários sejam verdadeiramente seguros, e para que o acesso da ajuda às áreas sitiadas seja garantido e facilitado, a fim de proporcionar socorro vital aos nossos irmãos e irmãs oprimidos pelas bombas e pelo medo.

Agradeço a quantos acolhem refugiados. Sobretudo, apelo a que cessem os ataques armados, à prevalência das negociações – e que prevaleça também bom senso – e se volte ao respeito do direito internacional!

E gostaria também de agradecer aos jornalistas que puseram a própria vida em risco para fornecer informações. Obrigado, irmãos e irmãs, por este serviço! Um serviço que nos permite estar próximos do drama daquela população e de avaliar a crueldade de uma guerra. Obrigado, irmãos e irmãs.

Rezemos juntos pela Ucrânia: temos as suas bandeiras à nossa frente. Rezemos juntos, como irmãos, a Nossa Senhora, Rainha da Ucrânia. Ave Maria...

A Santa Sé está disposta a fazer tudo, para se colocar ao serviço desta paz. Nestes dias, dois Cardeais foram à Ucrânia, para servir o povo, para ajudar. O Cardeal Krajewski, Esmoler, para levar ajuda aos necessitados, e o Cardeal Czerny, Prefeito interino do Dicastério para o Serviço de Desenvolvimento Humano Integral. A presença dos dois Cardeais ali é a presença não só do Papa, mas de todo o povo cristão que se quer aproximar e dizer: “A guerra é uma loucura! Parai, por favor! Olhai para esta crueldade!”.