O Papa durante o encontro com o corpo diplomático acreditado à Santa Sé (Vatican Media/Catholic Press Photo)

Papa Francisco. «O caminho da paz»

No discurso ao corpo diplomático, o olhar do Pontífice para o mundo de hoje, entre conflitos, crises, discriminações, novas tecnologias… Do respeito à vida em todos os momentos à necessidade de educação, e o caminho para uma «renovação profunda»
Papa Francisco

Prezados Embaixadores,
Há uma palavra que ressoa particularmente nas duas festas cristãs principais. Ouvimo-la no canto dos anjos que, durante a noite, anunciam o nascimento do Salvador e recebemo-la da voz de Jesus ressuscitado: é a palavra «paz». Esta é, primariamente, um dom de Deus: é Ele que nos deixa a sua paz (cf. Jo 14, 27); mas ao mesmo tempo é uma responsabilidade nossa: «felizes os pacificadores» (Mt 5, 9). Trabalhar pela paz. Uma palavra tão frágil, que, ao mesmo tempo, se revela exigente e densa de significado. A ela quero dedicar a nossa reflexão de hoje, num momento histórico em que a mesma está cada vez mais ameaçada, fragilizada e parcialmente perdida. Aliás é dever da Santa Sé, no seio da comunidade internacional, ser voz profética e apelo à consciência.

Na vigília do Natal de 1944, o meu predecessor Pio XII pronunciou uma célebre radiomensagem aos povos do mundo inteiro. A II Guerra Mundial aproximava-se do fim, após mais de cinco anos de conflito, e a humanidade (como disse o Pontífice) sentia «uma vontade cada vez mais clara e firme: fazer desta guerra mundial, desta convulsão universal, o ponto a partir do qual começa uma nova era de renovação profunda». [1] Oitenta anos depois, o impulso para tal «renovação profunda» parece ter-se esgotado, e o mundo é atravessado por um número crescente de conflitos que estão lentamente a transformar aquela que tenho repetidamente definido como «terceira guerra mundial aos pedaços» num verdadeiro conflito global…

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