Passos N.141, Setembro 2012

O ponto fundamental que devemos olhar

Propomos como editorial a saudação de padre Julián Carrón aos organizadores e aos participantes do Meeting de Rímini realizado de 19 a 25 de agosto de 2012. Um chamado a olhar o ponto fundamental, que vale tanto para quem trabalhou durante o Meeting como para o cotidiano de cada pessoa empenhada com a própria vida.

Caros amigos, que conforto me invadiu esta manhã, pensando em cada um de vocês empenhados na atividade frenética do Meeting, ao ler a comovente mensagem assinada pela Papa! Mais uma vez Bento XVI realizou um gesto de ternura por nós, mostrando-nos o ponto fundamental que devemos olhar para não perder o norte nesta semana carregada de trabalhos: nós somos "feitos para o infinito". Aqui vocês têm o calor e a luz para enfrentá-la.

Que gratidão sem fim podermos olhar para nós mesmos cada manhã com a consciência de que “a grandeza e a dignidade suprema do homem” consistem na relação com o infinito, que aquela sede que investe “cada fibra da minha carne” e que nenhum pecado pode eliminar, encontra resposta na “alegre descoberta de sermos filhos de Deus!”. Somente com esta autoconsciência podemos viver “a vida como vocação”. E todos os desafios que vamos ter de enfrentar ao longo dos dias (desde o calor do estacionamento ou da cozinha ao humilde trabalho da limpeza, até àquele mais visível no palco) nos são dados justamente para aumentar esta autoconsciência. “Então, nada é banal ou insignificante no caminho da vida e do mundo”, lembrou o Papa. Aliás, “cada coisa, cada relacionamento, cada alegria, como também cada dificuldade, encontra a sua razão última em ser ocasião de relação com o Infinito, voz de Deus que continuamente nos chama e nos convida a levantar o olhar, a descobrir na adesão a Ele a realização plena da nossa humanidade”.

Mostremo-nos amigos uns dos outros, sustentando-nos neste caminho de purificação de todo “falso infinito”, para podermos testemunhar a todos os que nos encontrarem durante esta semana o que é que torna “a vida realmente livre e plena”, que “o ponto fundamental, portanto, não é eliminar a dependência, que é constitutiva do homem, mas direcioná-la rumo Àquele único que pode nos tornar verdadeiramente livres”.
Grato pelo testemunho que me dão com o vosso sacrifício para proclamar a todos a esperança que trazemos na nossa fragilidade, desejo-vos um feliz Meeting.