Passos N.54, Setembro 2004

Apaixonado amor ao mistério do homem

Caros amigos,

a colocação do Papa conta, de modo surpreendente e exemplar, a fadiga de um trabalho educativo sobre o povo de Deus como um amor ao homem, como preocupação de um pai pelo seu filho único. Um pai pronto a intervir em qualquer demonstração social, na qual somente o desamor pode favorecer uma desatenção perigosa nos seus contrastes inevitáveis, mais ou menos turbulentos, e pronto a lembrar que, no desenvolvimento do tempo, em cada momento seu, respeite-se o desígnio de um Outro: como o de um pai e uma mãe em relação a um filho.
Um desígnio bom, como aquele que tende a definir o trabalho supremo de uma família, ou a construção de uma realidade que seja humana dentro de todo o emaranhado destas difíceis e atormentadas mudanças da história.
Por isso, não pode haver uma obediência que mortifique as difíceis e, portanto, perigosas, mudanças da história, e isto só é possível se reconhecermos a existência de uma comparação inteligente com o desígnio que acontece, como um ato mais agudo e potente daquele que já aconteceu, com juízo sobre as coisas dado sob o mesmo ponto de vista entre Deus e nós.
Santidade, obrigado porque a emoção provocada pelo senhor diz a qualquer homem reflexivo que não é inútil respirar e tender a uma presença.

Da nascente deste Meeting, cumprimentamo-nos com toda a amplidão do nosso coração.

padre Luigi Giussani


Agradeço à direção do Meeting. Neste momento, cada um de nós tem a consciência de se tornar fator interessante, criador de realidades presentes, de vontade de mudança. Não sei se todo o sacrifício da colocação, no diálogo destes dias, foi mais bonito ou mais capaz de promover uma vivificada tensão à vida, um apaixonado amor ao mistério do homem, apaixonado amor ao desígnio do homem. Deixo estas palavras como as últimas que podemos repetir neste momento: apaixonado calor, apaixonado afeto por aquilo que o homem pode fazer ser e envolver na sua história. Obrigado a todos e até o ano que vem.

A carta e da saudação de padre Giussani na conclusão do Meeting de Rímini

Milão, 28 de agosto de 2004