Companheiros para o destino

As notas da assembleia na Equipe dos professores e educadores de Comunhão e Libertação com Julián Carrón, feita por videoconferência no dia 4 de setembro

A Equipe dos professores e educadores de Comunhão e Libertação (CLE) é uma oportunidade de amizade, de diálogo e de encontro. Assim o demonstra a experiência de tantos adultos que, empenhados a vários títulos no mundo da educação dos mais novos, nela tomaram parte nos últimos anos.
O encontro deste ano – às vésperas do início do ano escolar – era particularmente aguardado, não só pela alegria de um reencontro num clima menos tenso, mas também pela consciência de estarmos atravessando um momento dramático, mergulhados num tempo que desafia o nosso eu.
O ano letivo passado, vivido entre a expectativa de uma volta à normalidade e quarentenas mais ou menos complicadas, tinha já sido caraterizado por formas e ocasiões de encontro inéditas – através das plataformas web – no âmbito dos Colegiais: testemunhos, assembleias, grupos de estudo, que assistiram ao protagonismo de jovens em ação de forma criativa.
As férias de verão, provocadas por um desejo incontrolável de vida e de amizade, foram desejadas pelos jovens, que muitas vezes envolveram os adultos antes que estes tomassem a iniciativa, e revelaram-se lugares de encontros e de fatos inesperados.
«Há uma brecha em todas as coisas, é assim que a luz entra», diz a canção de Leonard Cohen, Anthem. Ela expressa muito bem o caminho deste período. Dentro das numerosas brechas de uma realidade que nos mostrou seu aspecto menos calmo e tranquilizador – o confinamento, o ensino à distância, os sentimentos de medo e incerteza –, introduziram-se possibilidades de luz imprevisíveis: encontros, amizades, renascimentos. Ninguém teria imaginado tanta riqueza no meio de um contexto aparentemente tão desfavorável. Porém aconteceu!
Todavia, como tantas vezes nos é relembrado, não basta a realidade acontecer diante dos nossos olhos (mesmo a mais incrível), pois é preciso um olhar atento para identificar o que vibra dentro das coisas que acontecem, indo até sua raiz; só assim as tornaremos verdadeiramente nossas e conseguiremos nunca mais perdê-las. O maravilhamento e a gratidão por esses fatos reabriram perguntas sobre nós mesmos e sobre a nossa humanidade, sobre a graça do carisma encontrado e sobre a responsabilidade pessoal diante do mundo. Do desejo de enfrentar as perguntas e de julgar o caminho destes meses nasceu a ideia de um diálogo com Julián Carrón, que constituiu o núcleo dos dias da Equipe e que é aqui reproposto.

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